Relação médico-paciente: psicologia médica Colunistas

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A Psicologia Médica pode atuar em diversas áreas, psicologia social psicológica como hospitais, clínicas, centros de reabilitação, unidades ponto de saúde psicologos cuidados paliativos, entre.

A Psicologia Médica pode atuar em diversas áreas, como hospitais, clínicas, centros de reabilitação, unidades de cuidados paliativos, entre outros. Os profissionais dessa área podem trabalhar em equipe multidisciplinar, junto a médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde, contribuindo para um cuidado mais abrangente e integrado. Além disso, a Psicologia Médica também pode atuar na pesquisa e no ensino, buscando avançar o conhecimento nessa área e formar novos profissionais capacitados. Entre as contribuições recentes da psicologia médica inclui-se a humanização das UTIs e o desenvolvimento e utilização de aparelhos de medida do Índice Bispestral para avaliação da hipnose e nível de consciência na anestesia e coma induzido.

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Dessa forma, o ensino da psicologia médica se faz fundamental na formação médica, tendo como objetivo o aperfeiçoamento das aptidões psicológicas no ensino da medicina, englobando assuntos como relação médico-paciente, os aspectos psicológicos do exame do paciente, o processo de adoecimento, ciclo de vida e morte, entre outros. Ao considerar os aspectos psicológicos dos pacientes, os profissionais dessa área podem oferecer um cuidado mais completo e eficaz, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos. Além disso, a Psicologia Médica também auxilia na prevenção de doenças, identificando fatores de risco e promovendo mudanças de comportamento que possam contribuir para a manutenção da saúde. Naquele estudo, 90% dos estudantes assinalaram que conhecimentos de Psicologia e Psiquiatria eram importantes para melhor atendimento dos pacientes na especialidade que haviam escolhido.

Muitas vezes o problema principal não está evidente

Inicialmente, a abordagem predominante na medicina era puramente biológica, desconsiderando os aspectos emocionais e psicológicos dos pacientes. No entanto, com o avanço dos estudos na área da psicologia, percebeu-se a importância de considerar o indivíduo como um todo, levando em conta tanto os aspectos físicos quanto os psicológicos. Otratamento aos pacientes vai, então, além da oferta de fármacos que tratem sintomas,para fundamentar-se na busca pelas razões que fazem aquela pessoa queixar-se detais sintomas. É necessário estar atento a subjetividade, psicologia social psicológica a aquilo que não foidito; investigar os sinais encontrados, olhar para além da busca já antiquadade curar dores. O que promove saúde é entender os processos de adoecimentosubjetivos para que seja sanada a fonte do problema verdadeiramente, ou queesta seja o principal foco de promoção de melhorias e concentração dosesforços.

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Este conceito mais amplo, multifatorial começaa ser entendido a partir de 1990, principalmente com a implementação do SUS e apromulgação das leis 8.080 e 8.142, que passaram a definir saúde como conceitoamplo e integrado que busca garantir integridade ao indivíduo, ofertandocuidados universais, e de maneira igualitária a toda a sociedade brasileira. A especialidade psicologia médica estabeleceu a necessidade de uma certificação por conselhos e academias de psicologia médica estadunidense, exigindo após um doutorado em psicologia uma extensa formação (pós-doutorado) nessa especialidade, além de um exame oral ou escrito. Nestecenário, cabe a nós profissionais da saúde, uma fina busca e divagação acercade nossos pacientes, pois não existirá matemática ou ciência capaz de prever asparticularidades e manifestações psicossomáticas que podemos encontrar pelafrente. Porfim, no contexto dos atendimentos de urgência e emergência, apesar danecessidade de intervenções imediatas, o profissional deve focar no indivíduo enão na doença, pois a adoção dessa postura possibilita uma redução do número devezes que o paciente retorna ao serviço.

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Nesse sentido, a psicologia médica propicia o desenvolvimento de técnicas para um melhor entendimento do paciente de forma integral, partindo do conceito biopsicossocial de saúde, e para melhor aplicação dos conhecimentos clínicos na prática, além de fomentar a formação do estudante enquanto um profissional da saúde consciente de seu papel. A Psicologia Médica tem como principal objetivo promover uma abordagem integrada entre a medicina e a psicologia, visando oferecer um cuidado mais completo e eficaz aos pacientes. Além disso, busca compreender como fatores psicológicos podem influenciar o surgimento e o desenvolvimento de doenças, bem como o processo de recuperação e reabilitação dos pacientes. Outro objetivo importante é auxiliar os profissionais de saúde na comunicação com os pacientes, ajudando a lidar com questões emocionais e a promover uma relação terapêutica mais saudável. Na prática cotidiana, a aplicação dos conhecimentos da psicologia médica viabiliza uma melhor interação entre profissional da saúde e paciente, identificação de fatores que influenciam na habilidade de comunicação, no diagnóstico de afecções, na adesão a tratamentos e no bom relacionamento médico-paciente.

Dessa maneira, o presenteartigo tem como intuito abordar os fundamentos da relação médico-pacienteassociados à psicologia médica.Além disso, busca compreender como fatores psicológicos podem influenciar o surgimento e o desenvolvimento de doenças, bem como o processo de recuperação e reabilitação dos pacientes.Este conceito mais amplo, multifatorial começaa ser entendido a partir de 1990, principalmente com a implementação do SUS e apromulgação das leis 8.080 e 8.142, que passaram a definir saúde como conceitoamplo e integrado que busca garantir integridade ao indivíduo, ofertandocuidados universais, e de maneira igualitária a toda a sociedade brasileira.Énotório o baixo índice de materiais didáticos voltados ao público acadêmico em virtudedessa temática ser considerada sem relevância devido ao modelo biomédicoorganicista prevalente na formação médica do país.Nessa perspectiva, a prevalência das doençascrônicas-degenerativas sobre as doenças infecciosas, elucida a primordialidadeda busca por estratégias de tratamentos que possam propiciar uma melhorqualidade de vida ao paciente.

A psicologia médica se dedica a compreender o ser humano enquanto paciente e suas relações com a equipe assistencial no processo do adoecimento. Para Schneider, um dos grandes expoentes dessa área, ela apresenta como função "preparar psicologicamente o médico com o objetivo de que possa melhor compreender o paciente". Para Jeammet e colaboradores, é "a disciplina ou ramo de estudo médico que visa proporcionar ao médico e profissionais de saúde informações e conhecimentos suficientes para que ele possa compreender o doente enquanto pessoa humana portadora de uma doença, facilitando a aplicação dos conhecimentos médico-científicos. Visa também a formação do próprio profissional de saúde por meio do conhecimento do desenvolvimento psicológico de seu ‘status’ e ‘papel’ profissional, consideradas as implicações pessoais e sociais de sua atuação".

Apsicologia é aliada do médico neste momento, pois visa compreender o sujeito esuas representações afim de ensiná-lo a organizar seu individual e inserir-sesocialmente de forma que lhe garanta mais saúde, mudando suas configuraçõessubjetivas, entendendo-se a si mesmo e principalmente assumindo controle eatuando como protagonista de seu tratamento no processo de melhoria da saúde. Porfim, destaca-se um estudo de Schraiber (1993 apud CAPRARA et al., 1999) no qual,por meio de entrevistas realizadas com médicos que possuíam uma elevadaexperiência clínica, constatou-se fortemente a presença de tecnologias de ummodo geral na execução da profissão, por exemplo o excesso de solicitação deexames complementares e de medicalização. Tal fato é frisado pela valorizaçãoda ciência e a intelectualização dos saberes, ou seja, a medicina teria comoenfoque a ciência das patologias, perdendo a relevância das diversas condições sociais. Da mesma forma, praticamente, todos os membros da LAMP também renunciaram a "Associação Psicológica da Louisiana" (LPA), depois de muitos membros da LPA afirmarem que o movimento da autoridade prescritiva do LAMP secretamente chegou a um acordo com a junta médica da Louisiana para transferir toda a prática desses médicos psicólogos para uma junta somente médica. A estadunidense "Associação Nacional de Praticantes de Psicologia" (NAPPP) e o orgão de certificação nacional (APM) estabeleceram em nível nacional, a formação, o exame e os critérios práticos dessa especialidade, bem como suas diretrizes, criando até um jornal (nacional) de tal especialidade. Tais organismos de certificação vê a formação psicofarmacológica como um componente da formação de um especialista em Psicologia médica, mas reconhecem que a formação e habilidades especializadas em outros aspectos do tratamento comportamental da doença física e doença mental afetam o paciente e são essenciais para a prática em nível de especialidade de Psicologia médica. A Disciplina de Saúde Mental e Psicologia Médica tem seu quadro funcional constituído por médicos e psicólogos e, tem como objeto de estudo, as relações assistenciais.

Neste cenário, cabe a nós profissionais da saúde, uma fina busca e divagação acerca de nossos pacientes, pois não existirá matemática ou ciência capaz de prever as particularidades e manifestações psicossomáticas que podemos encontrar pela frente.A autora apresenta, de modo conciso, os objetivos da Psicologia aplicada à Medicina, ressaltando sua importância na formação de médicos da pessoa.Atualmente os diagnósticos de transtornos mentais vêm ocupando mais o dia a dia dos indivíduos e, para que exista um diagnóstico uniformizado e validado, são necessários manuais que estabeleçam esses limites nosológicos.A abordagem comportamental se baseia na ideia de que os comportamentos têm influência direta na saúde e no bem-estar das pessoas.A auto avaliação das condutas,princípios e objetivos da medicina a partir desta metade do século tem sidosucedida por meio de várias perspectivas.

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Énotório o baixo índice de materiais didáticos voltados ao público acadêmico em virtudedessa temática ser considerada sem relevância devido ao modelo biomédicoorganicista prevalente na formação médica do país. Tentativas passadas deintroduzir esse tema na grade curricular médica se deram por intermédio deassociações com disciplinas facultativas ou consideradas de menor valia porparte de alguns estudantes, como na antropologia, sociologia e na psicologiamédica, nas quais se mostraram sem muito sucesso (SUCUPIRA, 2007). Essa abordagem se baseia nos princípios da psicanálise e busca compreender como os processos inconscientes podem influenciar a saúde e o comportamento humano. Ela busca identificar conflitos emocionais e traumas que possam estar relacionados a problemas de saúde, promovendo a resolução dessas questões por meio da psicoterapia.

[5] Observe-se que essa aplicação da psicologia à área da saúde não se limita à atuação do psicólogo, antes consiste na disponibilização de conhecimentos de psicologia (geralmente por integração em serviços multiprofissionais ou interconsulta) aos demais profissionais de saúde. Neste contexto departamental, a disciplina de Psicologia Médica da FMRP foi a primeira do País em um curso médico, sendo então oferecida ininterruptamente desde 1956 – três décadas antes de sua obrigatoriedade nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Medicina no Brasil. Atualmente a divisão de Psicologia do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento conta com duas professoras responsáveis por nove disciplinas de graduação, orientação stricto sensu em três programas de pós-graduação e pelo incansável exercício de outras diversas e importantes atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração na FMRP-USP. Ela busca compreender como esses diferentes aspectos interagem e impactam a saúde dos indivíduos, levando em conta tanto os aspectos físicos quanto os emocionais e sociais. Apesarda dificuldade e pouca visibilidade do assunto, é importante destacar oprogresso da construção de um caráter mais ético e humano da prática médica noâmbito acadêmico. Algumas instituições estão apresentando o tema inserido em disciplinas,e também reorganizaram o plano de ensino para inserir a bioética e a psicologiamédica, por exemplo, como disciplinas obrigatórias.

A atuação do profissional de Psicologia Médica se faz através das parcerias e trocas de experiências com as várias formas de saber com que se relaciona nas enfermarias e ambulatórios do HUPE. A procura por uma relação maishumana e personalizada dos profissionais de saúde, sem dúvidas, é um grandedesafio a ser enfrentado. Outro ponto de saúde psicologos a ser destacado é a importância dopaciente reconhecer os seus direitos e deveres assegurados pelos dispositivoslegais, sendo, inclusive, um dos assuntos realçados pelo Humaniza-SUS (Brasil,2006b). Nossa experiência como aluna e residente na USP - Ribeirão Preto e durante os 26 anos em que ministramos Psicologia Médica em Rio Preto reforça nossa crença na importância dessa disciplina como instrumento na formação de médicos da pessoa.

Dessa maneira, o presenteartigo tem como intuito abordar os fundamentos da relação médico-pacienteassociados à psicologia médica. E como sercapaz de ajudar seu paciente a encontrar os porquês das experiências negativasde doença e auxiliá-lo a encontrar o caminho para alcançar saúde? A psicologiaé aliada do médico neste momento, pois visa compreender o sujeito e suasrepresentações, afim de ensiná-lo a organizar-se internamente e inserir-sesocialmente de forma que lhe garanta mais bem estar, mudando suas configuraçõessubjetivas, entendendo a si mesmo e, principalmente, assumindo controle eatuando como protagonista de seu tratamento. Pois, quando o paciente se tornaagente ativo responsável por sua saúde, alcança também melhor adesão aotratamento, visto que fica ciente de seu papel no processo de melhora . Embora a "Academia de Psicologia Médica" defina a psicologia médica como uma "especialidade" e estabeleceu uma certificação disso, é importante notar que a "Associação Americana de Psicologia" (APA; health-psych.org), atualmente, não reconhece psicologia médica como uma "especialidade", nem acata a permissão em prescrever.

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